As mães sempre tiveram um papel fundamental na construção e manutenção de conexões através das gerações. Mesmo hoje em dia, elas são na maioria das vezes os “chefes” em famílias e assumem a liderança das histórias familiares, lições de vida e tradições. Honrando esse papel de mães, que batalham, está a história por trás do Dia das Mães.
Dia das Mães é uma data comemorativa em que se homenageia aquela que recebe a dádiva da maternidade. Em alguns países é comemorado no segundo domingo do mês de maio, como no Brasil, mas em outros é comemorado no primeiro domingo do mês de Maio.
A mais antiga comemoração do dia das mães é ainda da era mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses. “Uma festividade para adorar a mãe. A adoração formal da mãe, com cerimônias para Cibele ou Rhea, a Grande Mãe dos Deuses, era realizada nos idos de março, em toda a Ásia Menor”, consta na Enciclopédia Britanica.
Contudo, pra entender o surgimento da data comemorativa, é preciso entender quem foi Ann Marie Reeves Jarvis, pois foi apenas nos Estados Unidos que as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada, pela ativista Ann Marie, que fundou em 1858 os “Mothers Days Works Clubs” (Clube do dia das mães que trabalham), uma espécie de clube para mulheres com o objetivo de diminuir a mortalidade de crianças em famílias de trabalhadores. Jarvis organizou em 1865 o “Mother’s Friendship Days” (dias de amizade para as mães) para melhorar as condições dos feridos na Guerra de Secessão que assolou os Estados Unidos no período.
A então reconhecida como idealizadora do Dia das Mães na sua forma atual é a filha de Ann Maria Reeves Jarvis, a metodista Anna Jarvis, que em 12 de maio de 1907, dois anos após a morte de sua mãe, criou um memorial à ela e iniciou uma campanha para que o Dia das Mães fosse um feriado reconhecido. Obteve sucesso ao torná-lo reconhecido nos Estados Unidos cerca de 7 anos depois, quando a resolução foi aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos, instalando o segundo domingo do mês de maio como Dia das Mães. No âmbito desta resolução o Presidente dos Estados Unidos Thomas Wilson proclamou que no Dia das Mães os edifícios públicos deviam ser decorados com bandeiras. Assim, o Dia das Mães foi celebrado pela primeira vez em 9 de maio de 1914.
Anna se referiu à sua mãe como a criadora real do Dia das Mães, apesar do fato de que ela própria trabalhou incansavelmente ao longo de vários anos para torná-lo uma realidade nacional. Uma curiosidade é que com a crescente difusão e comercialização do Dia das Mães Anna Jarvis afastou-se do movimento, lamentou a criação e lutou para a abolição do feriado.
No Brasil, em 1932, cerca de 18 anos depois o então presidente Getúlio Vargas, a pedido das feministas da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, oficializou a data no segundo domingo de maio. A iniciativa fazia parte da estratégia das feministas de valorizar a importancia das mulheres na sociedade, animadas com as perspectivas que se abriram a partir da conquista do direito de votar, em fevereiro do mesmo ano. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.
Em Portugal, o Dia da Mãe é comemorado no primeiro domingo de Maio, seguindo a tradição da Igreja Católica que neste mês celebra Santa Maria, Mãe de Jesus (em particular Nossa Senhora de Fátima).
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Fonte: Legacy Project e Wikipédia