A Febre Amarela voltou. E agora?

Nos últimos dias, a Febre Amarela voltou a ser assunto devido a um surto em Minas Gerais. A doença não era registrada em cidades brasileiras há 75 anos e junto com a doença, voltaram as dúvidas, que nós tentaremos esclarecer aqui.

A doença

A febre amarela é uma doença infecciosa causada por um vírus e transmitida por mosquitos. O nome da doença é porque causa da amarelidão do corpo. Quando é transmitida pelo Aedes aegypti é chamada de febre amarela urbana; Quando os transmissores forem os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes é a febre amarela silvestre. O vírus é tropical e mais comum na América do Sul e na África. Apesar de ser considerado um vírus perigoso, a maioria das pessoas não apresentam sintoma e evoluem para a cura.

Os sintomas da febre amarela aparecem de 3 a 6 dias após a infecção: febre alta, pele e olho amarelos (causados por lesão no fígado), calafrios, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza. Pessoas que apresentem esses sintomas devem buscar ajuda médica imediata para tratamento e observação dos sintomas mais graves e para a vigilância desta doença.

O surto

Em janeiro de 2017, no estado de Minas Gerais, o Ministério da Saúde começou a investigar os casos de febre amarela e até o momento, tiveram 152 ocorrências suspeitas, sendo 37 delas prováveis. Além disso suspeita-se que 22 óbitos estejam relacionados à doença.

Apesar não haver registros da doença em meios urbanos desde 1942 no Brasil, o vírus continuou circulando nas matas e periodicamente ele causa problemas. Segundo especialistas um surto da doença entre macacos parece ter se intensificado e foi registrado um caso de febre amarela silvestre em um morador da região de Ribeirão Preto e a partir daí deu início ao surto em Minas Gerais.

Vacinação

A principal forma de prevenção é a vacina. Devido ao alerta emitido pelo Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual da Saúde do Paraná recomenda que as equipes municipais reforcem o trabalho de vacinação contra a febre amarela na rede pública de saúde para as pessoas que irão viajar para região de risco da doença.

A vacina está disponível nas unidades de saúde pelo sistema público e deve ser tomada até 10 dias antes da viagem para que o organismo possa produzir os anticorpos necessários. Para garantir a imunidade é necessário garantir 2 doses ao longo da vida, sendo que o reforço é aplicado 10 anos após a primeira dose.

A recomendação é que não sejam vacinadas pessoas com doenças como lúpus, câncer e HIV, devido à baixa imunidade, nem para quem tem mais de 60 anos, crianças menores que 9 meses, grávidas e alérgicos a gelatina e ovo.

 

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