Pinta é o nome popular de nevo melanocítico, que pode estar presente no nascimento ou surgir na infância ou, mais comumente, na adolescência e fase inicial da vida adulta. A quantidade varia de acordo com a predisposição genética de cada um. Embora muito comum, e inofensiva na grande maioria das vezes, eventualmente podem ser a manifestação de um câncer de pele chamado melanoma. Este tumor, o mais grave entre todos os cânceres de pele e algumas vezes fatal, mas pode ser tratado com altas taxas de cura se for detectado precocemente, o que torna importante seu melhor conhecimento pela população. Saiba identificar o risco.
As pessoas devem sempre ficar atentas a lesões que não cicatrizam em menos de três semanas e também a modificações em alguma lesão já existente na pele. Para identificar o risco, a Organização Mundial de Saúde (OMS) possui um parâmetro chamado de ABCDE.
- Assimetria: Quando dividida ao meio, as metades da pinta devem se assemelhar. Quando elas não correspondem, é sinal de alerta de melanoma.
- Bordas: As pintas comuns têm bordas uniformes e lineares. No caso de melanoma inicial as margens tendem a ser irregulares.
- Cor: As pintas costumam ter uma cor só. Cores variadas (marrom, castanho, preto, vermelho) também são sinal de alerta.
- Diâmetro: Esse aspecto tem sido muito discutido. Ele indica que lesões pigmentadas maiores que 6 mm são suspeitas para melanoma. No entanto, alguns casos de melanoma são menores que 6 mm. Então vale a pena ficar atento mesmo com lesões pequenas.
- Evolução: As pintas comuns têm sempre o mesmo aspecto. Se elas apresentarem mudança na cor, no formato, tamanho e relevo, sangrar, coçar ou formar crosta é preciso consultar um médico.
A prevenção do melanoma é, principalmente, a diminuição da exposição ao sol, pois a radiação ultravioleta é o principal responsável pela formação do melanoma, sendo muito importante que as pessoas se protejam com roupas apropriadas e usem o protetor solar diariamente.
Fonte: Estadão; Sociedade Brasileira de Dermatologia.